esqueça tudo o que voce ouviu dizer sobre mim
e tente
fazer um lenço com o que sobrar;
essa sou desejando o teu canto esquerdo
como se fosse deus
me faltando no ar.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
o fantasma das certidões
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Fantasma de pés descalços no escuro
para dormir, leio até que os meus olhos fechem
e a luz permaneça acesa
brilhando
do lado de cá.
lá onde eu sonho, nunca temo - apocalipse, dança demente, estio ou Caverá -
lá onde eu sonho, nunca me perco - tateando o escuro pelo cheiro, pelos beiços
nem pelo avesso
nem com azar
lá de onde eu sonho
sempre dá pra voltar.
mas aqui, tenho medo de pés descalços em escuro de chão de vidro.
tenho medo de tudo o que eu quebrei por dentro
e não dá nem pra ajuntar.
mantenho a luz já que não aprendi a me calçar.
O fantasma das costas
Banho no calor dos outros,
espectro do ouro de tolo.
Procuro te dar um rosto ali onde perdemos o rumo.
Sabemos melhor do que não falamos,
sabemos melhor das costas que damos ao espírito do Último Outono
com manhã estrelar.
Sabemos quietinhos pelos pés:
chorando de frente
sem rosto
a nos conter
sem
nó
nenhum na corda
só a carne no sul.
E não era nada, não era nada
só um cortejo
pra entregar que sabemos nos cuidar.
Em mim, em ti,
germanicamente selados
sabemos nos cuidar.
O fantasma das costas é uma faca de confiar.
Assinar:
Postagens (Atom)