ele tecla, senta, levanta, olha nos olhos do colega enxergando nada, arquiva, se dirije a,
tecla
envia email
mensagem de texto
mensagem automática
mensagem telepática informando ao terminal at home o que deseja para o jantar -
e a que temperatura sua ave morta deve estar.
Mas ele não É onde está.
Não é a caminhada distraída por entre prateleiras de processadores e zumbidos;
nem conversa ensaiada que desperdiçava para com aquela que se chamava Mãe e despejava qq conteúdo em seus ouvidos;
menos ainda seu status social condizente com o exemplar masculino médio com 37 anos de desejos forjados para acreditar em satisfação.
As teclas estalam sob seus dedos onde ele está
mas ele É lá onde não há nomes.
O ladrilho da sala salgada estala sob os seus passos - onde ele está;
mas ele É lá onde, na beira de um mar que nunca viu continente vivo,
deitado na areia negro-esgoto,
monta de lado
um cavalo desenhado com conchas e latas.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
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