sábado, 5 de setembro de 2009

o amor explode como pipoca no milharal. pra além dos olhos tem verdade como varais de roupa no sabado de tarde.
o amor explode como a saída do inverno dos improváveis. como uns passos novos de dança.
como a desculpa em químicos - como uma música feita para despertar.
o amor explode como uma banda atrás de um pop perfeito.
um comentário sobre o tempo encobrindo a existência de desejos.
o amor mora em cidades distantes que se misturam por túneis carnívoros de amizade.
o amor despista o cansaço porque os melhores amigos estão por perto. e lavam as dores que não combinam mais com o novo fetiche do rosto.
o amor nos convoca a mergulhar em poças de profundidade insegura.
e a conversas desnecessárias.
e a doar um pouco de cérebro além dos rins e do sangue.
o amor é o milagre da nossa engenharia.
e a cola da matéria.
é uma ferida aberta. infeccionando pelos minutos de exposição.
é uma mentira coberta de razão.
é dormir para encobrir a verdade.
expor-se ao toco do osso do ridículo.
derreter na cadeira até o fim do medo.
dormir e chorar pra se limpar
dançar até passar
e não passar
é encontrar uma música nova
pra sofrer sem saber porque. é uma noite que nunca terminou.
é uma noite que nunca terminará
esvaziar todos os bolsos da racionalidade e sobreviver.
é fechar os olhos e ver com exatidão o rosto onde voce errou.
um erro que te perseguirá;
um desejo digno de permanecer.
uma permanência sem sentido. só sensação.

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